segunda-feira, 28 de junho de 2010

SOBRE O GRAFFITI


ORIGEM DO GRAFITE

Grafite é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante. Atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso.
A prática do grafite generalizou-se pelo mundo, a partir do movimento contra cultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político. Apareceram em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas como uma espécie de demarcação de território.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa nova-iorquina pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios de Manhattan.

Entendendo o universo do grafite

• 3D – estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho, sombra das letras.
• Backjump – comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação, por exemplo).
• Bite – cópia, influência direta de um estilo de outro writer.
• Bombing – grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.
• Bubble style – estilo de letras arredondadas, mais simples e “primárias”, mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.
• Cap – cápsula aplicável as latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny, Fat, NY Fat Cap, etc).
• Characters – retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.
• Crew – grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos os mesmos nomes. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew em cada obra.
• Cross – pintar um grafite por cima de um trabalho de outro writer.
• End to end – carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo. (ex: as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).
• Fill-in – preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite, Hall of Fame – Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.
• Highline – contorno geral de todo o grafite, posterior ao outline.
• Hollow – grafite ou bomb que não tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal.
• Inline – contorno geral de todo grafite, posterior ao outline.
• Kings – writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite.
• Roof-top – grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas.
• Spot – denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.
• Tag – nome / pseudônimo do artista.
• Toy – o oposto de king. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.
• Wild style – estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.
• Writer – escritor de grafite.
Por Aline Magalhães

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